Com informações do Blog do Márcio Rangel
A recém-inaugurada Praça do Cristo Redentor, em São Sebastião de Lagoa de Roça, se tornou alvo de graves denúncias feitas pelas vereadoras Fabiana Laparda (PSD) e Kelle de Lula, que apontam possíveis irregularidades e desvios de recursos públicos na execução da obra orçada em quase R$ 1 milhão.
Segundo as parlamentares, a revitalização da praça — iniciada ainda em 2023, durante a gestão do então prefeito Severo Luis, hoje secretário de Administração do município — apresenta uma série de falhas estruturais e indícios de superfaturamento. Elas afirmam que serviços pagos não foram executados conforme o contrato e que máquinas da própria Prefeitura teriam sido utilizadas em etapas da obra, que deveria ter sido totalmente realizada pela empresa contratada.
Entre as irregularidades relatadas, as vereadoras destacam:
• Caixa d’água de 2 mil litros substituída por uma de 1.500 litros;
• Palmeiras previstas de 5 metros, mas instaladas com cerca de 3 metros — sendo que algumas já existiam no local;
• Portas de alumínio trocadas por portas de ferro simples;
• Piso intertravado com espessura inferior à especificada no projeto;
• Rampas sem piso antiderrapante, contrariando as normas de acessibilidade;
• E a ausência de impermeabilização da laje do quiosque com manta asfáltica, como previa o contrato.
“É dinheiro público, é dinheiro do povo. A população pode ver tudo isso no portal da transparência. Está tudo registrado lá, e o que foi pago não condiz com o que foi entregue”, afirmou a vereadora Fabiana Lapada, em entrevista.
De acordo com ela, já foram pagos R$ 850 mil pela obra, que, mesmo com as pendências, foi inaugurada neste sábado (18). As vereadoras anunciaram que vão propor a criação de uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal para investigar o caso.
“Eles pagaram uma obra e entregaram outra. E o atual prefeito Júnior, que era vice de Severo, já começa a gestão com problemas herdados da própria equipe”, criticou Fabiana.
A denúncia foi divulgada nas redes sociais e repercutiu entre moradores da cidade, que também questionam a qualidade da obra e o uso dos recursos públicos.
