Com informações do Blog do Márcio Rangel
Restam apenas 10 dias úteis para a representação paraibana na Câmara dos Deputados conseguir, até o próximo 04/10/2025, derrubar o veto do presidente Lula que impede a ampliação do número de parlamentares de 513 para 531, evitando redução nas bancadas da Paraíba (02), Bahia (02), Piauí 02, Rio Grande do sul (02) e Rio de Janeiro (04), o mais prejudicado de todos. Pernambuco e Alagoas perderão (01). Haverá tempo hábil e oportunidade para botar o “jabuti” no poste?
Com a agenda travada pela PEC da Anistia, o governo pressionando a aprovação do seu “pacote eleitoreiro” com vistas às eleições de 2026, fica difícil criar um espaço ou trégua – em meio ao tiroteio – para a realização de uma sessão do Congresso (bicameral) ou uma votação plenária em separado. Hugo Motta, junto às bancadas dos demais Estados prejudicados, terá que conseguir 247 votos favoráveis pela derrubada do veto presidencial. Em seguida, terá que convencer David Alcolumbre furar a pauta do Senado e conquistar o apoio de 41 senadores. É um grande desafio, sem apoio do Palácio do Planalto, que não suportará mais uma derrota no Parlamento.
Caso ocorra o pior, a Paraíba não conseguir reverter este quadro, a falta de dois representantes implicará numa redução de investimentos, através de emendas parlamentares – individuais e de bancadas – na ordem de 200 milhões de reais por ano. Farão falta ao Estado, e principalmente aos municípios. Quem está festejando é o vizinho Rio Grande do Norte, que passará de 08 para 10 deputados federais (igualando-se a Paraíba) e de 24 para 30 deputados estaduais. O RN tem apenas 173 municípios, a Paraíba, 223.
Por outro lado, a disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados sinaliza mudanças profundas. Mesmo que permaneçam 12 deputados federais, quem sairá para a entrada de Ricardo Coutinho, Fábio Tyrone, Ricardo Barbosa, George Morais, e um ou dois novos candidatos “surpresa”? Um escolhido pelos conservadores, seguidores das redes sociais, e outro, da preferência do governador João Azevedo, provavelmente a Secretária Pollyanna Dutra, que obteve 457.659 mil votos para o Senado Federal em 2022. Caso permaneçam os 12, estima-se uma renovação de 50%. Na premissa de apenas 10, a expectativa é que 40% retornem. Estas previsões estão no radar dos “analistas” da área, que já dispõem de pesquisas. Uma realizada recentemente por um pré-candidato, deixou o presidente da câmara, Hugo Motta, na 10ª colocação.
Inversão de posição sem precedentes. O primeiro colocado de 2022, seria o último de 2026? Mas, tem muito chão pela frente. A maratona é longa, exigirá resistência e não se descarta o surgimento de novos fenômenos ou outsiders.
