Com informações do Blog do Márcio Rangel
Um casal de Salvador foi condenado pela Justiça do Trabalho por explorar, durante duas décadas, uma jovem que era apresentada como “filha de criação”. A decisão, da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA), foi divulgada nesta terça-feira (7) e ainda pode ser contestada.
A vítima foi levada de Lamarão (BA) para a capital quando tinha 6 anos. Desde então, passou a realizar tarefas domésticas de forma contínua, com jornadas que começavam antes do amanhecer. A ida à escola era o único momento de descanso.
Aos 15 anos, ela engravidou e precisou abandonar os estudos para cuidar do filho, só conseguindo concluir o ensino básico aos 24 anos. Em 2020, ao questionar sua condição, foi expulsa da casa onde vivia.
O TRT reconheceu o vínculo de trabalho e determinou o pagamento de R$ 100 mil por danos morais. Testemunhas e o Ministério Público do Trabalho confirmaram que a jovem era tratada como empregada doméstica, e não como membro da família.
A relatora do caso ressaltou que episódios como esse revelam a permanência de práticas de exploração e desigualdade herdadas do período escravocrata no país.
Confira o boletim desta tarde:
Por Rodrigo Silva (@rodrigosilvaon)