Com informações do Blog do Márcio Rangel
O secretário de Saúde de Campina Grande, Dunga Júnior, se pronunciou sobre a cobrança feita pelo presidente do Hospital HELP, Dalton Gadelha, que apontou uma dívida de mais de R$ 60 milhões da Prefeitura com a unidade. Em resposta, o gestor municipal afirmou que a relação com o HELP e com outros hospitais da cidade é pautada pelo diálogo constante e que já foram realizados pagamentos na última semana, com novas liberações previstas nos próximos dias.
Dunga reconheceu o momento de dificuldade financeira, mas ressaltou que a Prefeitura tem buscado manter o compromisso com os prestadores de serviços. Ele enfatizou ainda que a saúde de Campina Grande não pode ser tratada apenas como uma responsabilidade do município.
Segundo o secretário, muitos serviços locais acabam sendo utilizados por pacientes de cidades que sequer têm pactuação formal com Campina Grande. Ele citou o exemplo do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), que atende gestantes de 109 municípios paraibanos, além de pacientes vindos de estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte. “Nunca mandamos ninguém voltar da porta do ISEA. Os serviços são prestados, mas, muitas vezes, quem financia é apenas o município de Campina Grande”, destacou.
Na semana passada, uma reunião realizada pelo Ministério Público Estadual em Campina Grande reuniu representantes da Comissão de Saúde, procuradores, além de secretários municipais e estaduais. O encontro resultou na criação de um comitê para discutir regulação, pactuação e financiamento da saúde.
Para Dunga, esse espaço de diálogo é fundamental para que se coloque fim ao que chamou de “guerra política” em torno da saúde pública. “O que estamos propondo agora com o Ministério Público é dar as mãos, acabar com essa rinha e passar a ajudar o município de Campina Grande. Precisamos dividir responsabilidades e tratar o financiamento da saúde de forma clara e transparente”, declarou.
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